O Tai Chi Chuan é uma arte marcial interna chinesa. Mas, o que vem a ser isso?
O termo chinês para “arte marcial” é “Wushu” e inclui qualquer estilo de arte marcial e, num sentido mais amplo, qualquer tarefa realizada com perfeição. São conhecidas na China mais de 300 práticas marciais que se encaixam nessa definição, e que se dividem em duas escolas: “Waijia”, ou escola externa; e “Neijia”, ou escola interna.
As práticas da escola Neijia (interna) caracterizam-se por enfatizar o cultivo e o desenvolvimento do “Qi” (Chi, ou energia vital). Ou seja, incluem as artes marciais chinesas focadas em aspectos corporais internos como: concentração; consciência; relaxamento e harmonia do corpo, do espírito e da mente em oposição ao uso da força bruta. É o caso do Tai Chi Chuan que, por isso mesmo, é chamado de meditação em movimento.
Os princípios filosóficos do Tai Chi Chuan remetem ao taoismo e à alquimia chinesa. A relação de Yin negativo (em repouso) e Yang positivo (em movimento), os Ba Gua (Oito Trigramas), o Livro das Mutações (I Ching) e o Tao Te Ching de Lao Tsé são algumas das principais referências para a compreensão de seus fundamentos.
O ideograma chinês para Tai Chi Chuan é composto por três elementos:
– o primeiro, 太 (Tai), significa supremo, absoluto, “o maior”, o “mais alto”.
– o segundo, 極 (Chi), representa a parte mais alta do telhado, a cumeeira.
– o terceiro, 拳 (Chuan), significa punho, contendo a ideia de movimento, luta a mãos livres.
A junção desses três elementos resulta na ideia de elevação, sublimação, purificação, ressaltando a característica dessa arte marcial de valorizar os aspectos corporais internos. Praticar Tai Chi é se aperfeiçoar e caminhar em busca do ilimitado.
A escolha do nome de nosso espaço – Supremo Tai Chi Chuan & Cultura Oriental – foi inspirada justamente pela simbologia contida nesse ideograma.
Nascido na China, o Tai Chi Chuan vem cada mais vez mais ultrapassando as fronteiras de seu país de origem. Hoje é praticado em todo o mundo. Uma das explicações para seu seu sucesso está justamente na resposta que ele representa para as necessidades de equilíbrio e harmonia que nossa sociedade – cada vez mais acelerada e estressada – tem.